Um dia desses a minha mãe leu um livro com a sua história, a Semente do Nicolau [de Chico Alencar]. Vi como tudo começou. Vi que você era um menino muito generoso, que gostava de dividir com as outras crianças os brinquedos que ganhava. Gostava mais de ver a alegria das crianças brincando com os seus brinquedos do que brincar com eles. O tempo foi passando e você foi recebendo cartas e mais cartas.
Descobri que antigamente as cartas que você recebia eram muito bonitas, falavam sobre amor, sobre gentileza, sobre o cuidado com as pessoas, com os animais, com a terra etc. Eu não sabia disso. Hoje em dia, você só recebe cartas de crianças pedindo coisas, dificilmente recebe cartas bonitas como as de antigamente, que você guarda até hoje em seu baú.
Não sei se você se lembra de mim. Eu já escrevi várias cartas bonitas, me chamo Artur Lobão de Melo e, sem saber, que você se entristece de receber cartas que só pedem, eu já escrevia cartas bonitas, deve ser por isso que você já até me respondeu a uma delas. Você se lembra? Ah! Eu gostaria de saber se alguma das minhas cartas foi para o seu baú de lembranças inesquecíveis.
Eu acho, Papai Noel, que é legal ganhar presente de Natal. Eu adoro! Mas as pessoas não podem se esquecer, como está acontecendo, do Nascimento de Jesus, o que é essencial do Natal. E aí, Papai Noel, eu me lembro, porque li na Bíblia, que Jesus ensinava muitas coisas boas para as pessoas, como amar a todos, até os nossos inimigos. É muito difícil isso! Eu acho que o dia do Natal é para a gente se lembrar junto, todo mundo, de tudo o que ele ensinou. Eu também fiquei pensando que você, Papai Noel, tem a ver com Jesus e dá presente no Natal porque ele disse que quando as crianças riem Deus também ri, eu li na Bíblia. E toda criança fica feliz e ri quando ganha um presente.
Um beijo do Artur
Por Artur Melo - 10 anos
Aluno do 5º ano do Ensino Fundamental
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