Lutador da CM System, que após vitória no UFC Rio 9 deseja enfrentar um adversário do top 15, recorda incêndio que destruiu a casa de sua mãe, em Francisco Beltrão, no Paraná
A primeira vitória no Ultimate é motivo suficiente para que Elizeu Capoeira jamais esqueça do dia que venceu Omari Akhmedov, no UFC Tampa, em abril de 2016. O combate - premiado como o melhor da edição - se tornou ainda mais importante para o paranaense depois que a casa de sua mãe, Verôniza Zaleski, em Francisco Beltrão (PR), foi destruída por um incêndio. Foi com a "bolada" que ele construiu a nova residência.
A tristeza pelo episódio leva Elizeu Capoeira a não falar tanto do assunto. Mas o colecionador de bônus, por outro lado, sente felicidade por conseguir ter proporcionado a construção da casa, exatamente no mesmo lugar.Não sei como aconteceu o incêndio, se foir parte elétrica ou uma fagulha. Era uma casa bem antiga, toda de madeira. Quando os bombeiros chegaram a casa já estava toda queimada. Ninguém se machucou, estava só o meu irmão lá. É complicado, porque a situação da minha mãe... Ela não tinha uma condição financeira boa, sabemos do trabalho para conquistar cada coisa, com dificuldade. Foi um baque, era a única coisa que ela tinha, o único bem. Ver a unica coisa se perder, sem ter condição para reconstruir, foi bem complicado- declarou o integrante da academia CM System, em entrevista ao Combate.com.
Eu tinha um carro, na verdade, a minha esposa tinha, e vendeu. Ela não ficou brava, não, foi por uma boa causa (risos). Ela é muito parceira. Só com o dinheiro do bônus não ia dar. O UFC, nesse caso, foi uma facilidade. Eu ia dar um jeito ou outro de arrumar o dinheiro, batalhar de alguma forma para reconstruir, mas estando no UFC viabilizei muito mais rápido. Aquele bônus veio na hora certa.
E por falar em prêmio extra, Elizeu Capoeira ficou perto de conquistar mais um após nocautear Sean Strickland, no último sábado, no UFC Rio 9, com um chute giratório. A vitórias seguintes, como a de Lyoto Machida contra Vitor Belfort, tomaram o bônus do pupilo de Cristiano Marcello. Entretanto, ele garante que não ficou incomodado e espera voltar ao cage no UFC SP, em setembro.
Não fiquei frustado, mas acho que merecia pela plasticidade do movimento. Não fiquei chateado, o importante foi fazer um treinamento e sair com o braço erguido, a sensação de dever cumprido. Fiquei feliz de colocar em prática todo o trabalho que vinha sendo planejado. Sempre fiz esse chute nos treinos, dei uma lapidada e apliquei no momento certo, trabalhando em cima do jab dele. Pelo impacto eu senti que tinha sido eficiente. Tenho enfrentado grandes atletas, mas quero pegar alguém do top 15 para ficar entre os melhores. Quanto mais oportunidade eu tiver de enfrentar atletas ranqueados, mais bem visto na categoria eu serei. Estou fazendo a minha parte, mostrando meu trabalho e nocauteando, falta só o UFC fazer a parte dele. Quero lutar em agosto ou setembro. Esse UFC em São Paulo seria uma boa opção. Um cara que eu gostaria de enfrentar, que seria uma grande luta, é o Yancy Medeiros. Seria uma luta interessante.
Por: Sportv
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