Santa Catarina teve o primeiro caso de morte por raiva humana em 38 anos.
Araiva é doença causada pelo vírus Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, altamente letal, que é transmitida para mamíferos, incluindo os humanos. A forma de transmissão é através da saliva de animais contaminados, geralmente através de mordidas, ou pelo contato da saliva com uma ferida de pele.
No seu pico de ação viral, humanos e animais tendem a morder todos os possíveis hospedeiros que estiverem ao seu alcance. Muitos entendem isso como um ato de fúria ou raiva. Porem nada mais é do que o vírus tentando se proliferar e se multiplicar, já que sua forma de transmissão é através da saliva junto com a mordida.
Os animais que podem se contaminar com esse vírus são: cães, gatos, coelhos, vacas, cavalos, cabras e furões. Além de animais selvagens como o morcego, castores, raposas, macacos, gambás entre outros.
QUAIS OS SINAIS CLÍNICOS?
Após a contaminação tanto do animal quanto do humano, o vírus chega ao sistema nervoso central causando encefalite aguda, ou seja, uma inflamação cerebral, tendo evolução rápida. Porém esse vírus pode ficar encubado no organismo humano e vir a manifestar seus sinais clínicos entre 3 meses a 1 ano. Já o animal, leva de 2 a 5 dias para o início dos sinais clínicos, e vem a óbito em até 7 dias após.
Dentre os sinais clínicos estão: salivação em excesso, dificuldades de deglutição (comer, beber água), convulsões, dor no local da mordida, perda de sensibilidade ou formigamento na região aonde ocorreu a contaminação, episódios de febre, excitação e ansiedade.
COMO PREVENIR A CONTAMINAÇÃO?
A vacinação antirrábica é a forma mais eficaz de prevenção contra a raiva, principalmente nos animais de estimação. Tanto cães como gatos devem receber a primeira dose de vacina antirrábica aos 4 meses de idade, sendo obrigatória por lei a repetição uma vez ao ano.
O mês de agosto é conhecido como o mês da vacinação antirrábica, para que ocorra a vacinação em massa de todos os animais. Caso seu animal ainda não foi vacinado, não espere, procure um médico veterinário para a aplicação da vacina o quanto antes.
Em nossa rotina clínica de vacinação percebemos que tutores de cães possuem mais preocupação em relação a imunização, do que os tutores de gatos. Vale ressaltar que no caso ocorrido em SC, o vírus foi transmitido ao humano por um felino.
A conscientização da população sobre a imunização de cães e gatos é de extrema importância já que não tratamento efetivo conhecido para humanos e animais portadores do vírus.
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